1) PETER DRUCHER - BREVE HISTÓRIA DAS TRANSORMAÇÕES QUE OCORREM NO MUNDO A CADA 200 ANOS
VIMEMOS NO LIMIAR DE UMA NOVA ÉPOCA. A ERA DO CAPITALISMO E DO ESTADO-NAÇÃO SE ESVAI PARA DAR LUGAR À SOCIEDADE DO CONHECIMENTO E DAS ORGANIZAÇÕES.
FONTE: SOCIEDADE PÓS-CAPITALISTA (EDITORA PIONEIRA, 1999)
BREVE RELATO SOBRE AS TRANSFORMAÇÕES
O MUNDO MUDA – A TECNOLOGIA MUDA O MUNDO
A cada dois ou três séculos ocorre na história ocidental uma grande transformação.
Em poucas décadas, a sociedade se reorganiza – sua visão do mundo, seu valores básicos, sua estrutura social e política, suas artes, suas instituições mais importantes. Depois de cinqüenta anos, existe um novo mundo.
E as pessoas nascidas nele não conseguem imaginar o mundo em que seus avós viviam e no qual nasceram seus pais.
EXEMPLOS
Uma dessas transformações ocorreu no SÉCULO TREZE, quando o mundo europeu, quase da noite para o dia, passou a centralizar-se na nova cidade – com a emergência das guildas municipais como grupos sociais dominantes e o renascimento do COMÉRCIO A GRANDES DISTÂNCIAS (mudança na tecnologia!).
Com a arquitetura gótica, eminentemente urbana substituindo os mosteiros e seu isolamento rural como centros de cultura.
Com as novas ordens religiosas urbanas, os dominicanos e franciscanos, emergindo com carreiras de religião, aprendizado e espiritualidade.
E; em poucas décadas, com a mudança do latim para o vernáculo e a criação, por Dante, da literatura européia.
OUTRO EXEMPLO: Invenção da imprensa por Gutenberg
Duzentos anos depois, transformação seguinte teve lugar nos sessenta anos entre a invenção da imprensa (nova tecnologia) por Gutenberg em 1455 e a Reforma Protestante de Lutero em 1517.
Foram as décadas em que floresceu o Renascimento, com seu apogeu entre 1470 e 1500 em Florença e Veneza.
Do redescobrimento da Antiguidade e da descoberta da América pelos europeus.
Da Infantaria Espanhola, o primeiro exército regular desde as legiões romanas.
Da Redescoberta da anatomia e, com ela, da pesquisa científica.
Da adoção generalizada dos algarismos árabes pelo Ocidente.
E, mais uma vez, ninguém que vivesse em 1520 conseguiria imaginar com era o mundo em que seus avós tinham vivido e no qual seus pais tinham nascido.
MAIS UM EXEMPLO: Revolução Industrial.
A transformação seguinte começo em 1776 – o ano do aperfeiçoamento do motor a vapor por James Watt .
Ano da Revolução Americana. Da publicação de A Riqueza das Nações, de Adam Smith.
Ela terminou quase quarenta anos depois, em Waterloo – quarenta anos durante os quais nasceram todos os “ismos” modernos. O CAPITALISMO, O COMUNISMO.
Durante essas décadas, que também viram a criação – em 1809 – da universidade moderna (Berlim) e do ensino universal.
Esses quarenta anos produziram uma nova civilização européia. Ninguém que vivesse em 1820 poderia imaginar o mundo dos seus avós e no qual seus pais haviam nascido.
O NOSSO PERÍODO É DE TRANSFORMAÇÃO: O COMPUTADOR.
Nosso período, duzentos anos depois, é um desses períodos de transformação. Entretanto, desta vez a transformação não se limita à sociedade e à história ocidentais.
Na verdade, uma das mudanças fundamentais é que não existe mais uma história ou uma civilização “ocidental”, mas sim uma história e uma civilização mundiais – mas ambas são “ocidentalizadas”.
É discutível se a presente transformação começou com a emergência do primeiro país não-ocidental, o JAPÃO, com grande potência econômica – isto é, por volta de 1960, - ou com o COMPUTADOR (nova tecnologia) – isto é, com a informação passando a ser fundamental.
Ainda estamos claramente no meio dessa transformação. Na verdade, se a historia servir de guia, ela não estará concluída até 2010 ou 2020.
Mas já mudou o cenário político, econômico, social e moral do mundo. Ninguém nascido em 1990 poderá imaginar o mundo em que seus avós (isto é, minha geração) cresceram, ou o mundo em nasceram seus pais.
Já avançamos o suficiente na nova sociedade pós-capitalista para rever e revisar a história social, política e econômica da Idade do Capitalismo e Estado-nação.
Entretanto, ainda é arriscado prever como será o mundo pós-capitalista.
A única coisa da qual podemos TER CERTEZA é que o mundo que irá emergir do atual rearranjo de valores, crenças, estruturas econômicas e sociais, de conceitos e sistemas políticos, de visões mundiais, será diferente daquilo que qualquer um imagina hoje. Em algumas áreas – em especial na sociedade e em sua estrutura – já ocorreram mudanças básicas.
É praticamente CERTO que a nova sociedade será NÃO-SOCIALISTA E PÓS-CAPITALISTA
E também é certo que seu principal recurso será o CONHECIMENTO.
Isso significa também que ela deverá ser uma sociedade de ORGANIZAÇÕES.
Em política, já deixamos os quatrocentos anos de SOBERANIA do ESTADO-NAÇÃO para um pluralismo.
O pluralismo será um componente – embora ainda importante – daquilo que chamo de “forma de governo pós-capitalista”, um sistema no qual competem e coexistem estruturas transnacionais, regionais, de Estados-nações e até mesmo tribais.
Estas coisas já aconteceram, portanto, podem ser descritas. E descrevê-las é a finalidade do livro. (LEIA MAIS SOBRE PETER DRUCKER AQUI EMBAIXO)
A cada dois ou três séculos ocorre na história ocidental uma grande transformação.
Em poucas décadas, a sociedade se reorganiza – sua visão do mundo, seu valores básicos, sua estrutura social e política, suas artes, suas instituições mais importantes. Depois de cinqüenta anos, existe um novo mundo.
E as pessoas nascidas nele não conseguem imaginar o mundo em que seus avós viviam e no qual nasceram seus pais.
EXEMPLOS
Uma dessas transformações ocorreu no SÉCULO TREZE, quando o mundo europeu, quase da noite para o dia, passou a centralizar-se na nova cidade – com a emergência das guildas municipais como grupos sociais dominantes e o renascimento do COMÉRCIO A GRANDES DISTÂNCIAS (mudança na tecnologia!).
Com a arquitetura gótica, eminentemente urbana substituindo os mosteiros e seu isolamento rural como centros de cultura.
Com as novas ordens religiosas urbanas, os dominicanos e franciscanos, emergindo com carreiras de religião, aprendizado e espiritualidade.
E; em poucas décadas, com a mudança do latim para o vernáculo e a criação, por Dante, da literatura européia.
OUTRO EXEMPLO: Invenção da imprensa por Gutenberg
Duzentos anos depois, transformação seguinte teve lugar nos sessenta anos entre a invenção da imprensa (nova tecnologia) por Gutenberg em 1455 e a Reforma Protestante de Lutero em 1517.
Foram as décadas em que floresceu o Renascimento, com seu apogeu entre 1470 e 1500 em Florença e Veneza.
Do redescobrimento da Antiguidade e da descoberta da América pelos europeus.
Da Infantaria Espanhola, o primeiro exército regular desde as legiões romanas.
Da Redescoberta da anatomia e, com ela, da pesquisa científica.
Da adoção generalizada dos algarismos árabes pelo Ocidente.
E, mais uma vez, ninguém que vivesse em 1520 conseguiria imaginar com era o mundo em que seus avós tinham vivido e no qual seus pais tinham nascido.
MAIS UM EXEMPLO: Revolução Industrial.
A transformação seguinte começo em 1776 – o ano do aperfeiçoamento do motor a vapor por James Watt .
Ano da Revolução Americana. Da publicação de A Riqueza das Nações, de Adam Smith.
Ela terminou quase quarenta anos depois, em Waterloo – quarenta anos durante os quais nasceram todos os “ismos” modernos. O CAPITALISMO, O COMUNISMO.
Durante essas décadas, que também viram a criação – em 1809 – da universidade moderna (Berlim) e do ensino universal.
Esses quarenta anos produziram uma nova civilização européia. Ninguém que vivesse em 1820 poderia imaginar o mundo dos seus avós e no qual seus pais haviam nascido.
O NOSSO PERÍODO É DE TRANSFORMAÇÃO: O COMPUTADOR.
Nosso período, duzentos anos depois, é um desses períodos de transformação. Entretanto, desta vez a transformação não se limita à sociedade e à história ocidentais.
Na verdade, uma das mudanças fundamentais é que não existe mais uma história ou uma civilização “ocidental”, mas sim uma história e uma civilização mundiais – mas ambas são “ocidentalizadas”.
É discutível se a presente transformação começou com a emergência do primeiro país não-ocidental, o JAPÃO, com grande potência econômica – isto é, por volta de 1960, - ou com o COMPUTADOR (nova tecnologia) – isto é, com a informação passando a ser fundamental.
Ainda estamos claramente no meio dessa transformação. Na verdade, se a historia servir de guia, ela não estará concluída até 2010 ou 2020.
Mas já mudou o cenário político, econômico, social e moral do mundo. Ninguém nascido em 1990 poderá imaginar o mundo em que seus avós (isto é, minha geração) cresceram, ou o mundo em nasceram seus pais.
Já avançamos o suficiente na nova sociedade pós-capitalista para rever e revisar a história social, política e econômica da Idade do Capitalismo e Estado-nação.
Entretanto, ainda é arriscado prever como será o mundo pós-capitalista.
A única coisa da qual podemos TER CERTEZA é que o mundo que irá emergir do atual rearranjo de valores, crenças, estruturas econômicas e sociais, de conceitos e sistemas políticos, de visões mundiais, será diferente daquilo que qualquer um imagina hoje. Em algumas áreas – em especial na sociedade e em sua estrutura – já ocorreram mudanças básicas.
É praticamente CERTO que a nova sociedade será NÃO-SOCIALISTA E PÓS-CAPITALISTA
E também é certo que seu principal recurso será o CONHECIMENTO.
Isso significa também que ela deverá ser uma sociedade de ORGANIZAÇÕES.
Em política, já deixamos os quatrocentos anos de SOBERANIA do ESTADO-NAÇÃO para um pluralismo.
O pluralismo será um componente – embora ainda importante – daquilo que chamo de “forma de governo pós-capitalista”, um sistema no qual competem e coexistem estruturas transnacionais, regionais, de Estados-nações e até mesmo tribais.
Estas coisas já aconteceram, portanto, podem ser descritas. E descrevê-las é a finalidade do livro. (LEIA MAIS SOBRE PETER DRUCKER AQUI EMBAIXO)
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