2) COMO SERÁ A SOCIEDADE PÓS-CAPITALISTA - PETER DRUCKER
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A SOCIEDADE E A FORMA DE GOVERNO PÓS-CAPITALISTA (PG XIII)
Algumas décadas atrás, todos “sabiam” que uma sociedade pós-capitalista seria certamente MARXISTA. Hoje todos sabemos que marxista é a única coisa que a próxima sociedade não será.
Mas a maioria de nós sabe – ou ao menos sente – que os países desenvolvidos estão abandonando qualquer coisa que possa ser chamada de “CAPITALISMO”. O mercado certamente continuará a ser o integrador efetivo da atividade econômica.
Porém, em termos de SOCIEDADE, os países desenvolvidos já estão no PÓS-CAPITALISMO. Eles estão rapidamente se transformando em uma sociedade de novas “CLASSES”, com um novo recurso central em seu núcleo.
A sociedade capitalista era dominada por duas classes sociais: os CAPITALISTAS, que possuíam e controlavam os meios de produção, e os trabalhadores – os “PROLETÁRIOS” de KARL MARX, alienados, explorados, dependentes.
Os proletários formaram inicialmente a classe média “AFLUENTE”, como resultados da “REVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE” – a revolução que começou por ocasião da morte de Marx em 1883 e atingiu se clímax em todos os países desenvolvidos pouco depois da Segunda Guerra Mundial.
Por volta de 1950, o trabalhador industrial – não mais um “proletário”, mas ainda “mão-de-obra” – PARECIA DOMINAR A POLÍTICA E A SOCIEDADE EM TODOS OS PAÍSES DESENVOLVIDOS [pergunta do Aprendiz: é o que estaria ocorrendo, agora em 2006, na América Latina?]
Mas então, com o início da REVOLUÇÃO GERENCIAL, os operários da indústria manufatureira começaram a declinar rapidamente em número e, de forma ainda mais perceptível, em poder e status.
Por volta do ano 2000, em nenhum país desenvolvido os trabalhadores tradicionais, que produzem e movimentam bens, irão representar mais que um SEXTO OU UM OITAVO da força de trabalho.
Os capitalistas atingiram seu pico na virada do século (1900) e com certeza antes da Primeira Guerra Mundial. Desde então, ninguém se equiparou, em poder e visibilidade , a pessoas como Rochefeller, Ford, Siemens, Mitsubishi etc.
Quando começou a Segunda Guerra, todos eles já haviam sido substituídos por GERENTES PROFISSIONAIS – o primeiro resultado da Revolução Gerencial.
É claro que existem muitas pessoas ricas por aí. Mas elas se tornaram “celebridades”, economicamente quase não têm importância.
Mesmo nas páginas de negócios todas as atenções estão voltadas para “pessoas contratadas”, isto é, GERENTES.
E todos os comentários são a respeito dos “SALÁRIOS EXCESSIVOS” e dos bônus recebidos por essas pessoas contratadas, que pouco ou nada possuem em termos do capital das empresas.
Em vez dos CAPITALISTAS AO VELHO ESTILO, nos países desenvolvidos são os FUNDOS DE PENSÃO [Nota do Aprendiz: no Brasil PREVI etc] que controlam cada vez mais os suprimentos e a alocação do dinheiro. Nos Estados Unidos, esses fundos possuíam, em 1992, a metade do capital acionário das maiores empresas e outro tanto de pensão são, é claro, os trabalhadores do país.
Se o SOCIALISMO é definido, segundo MARX, como sendo a propriedade dos meios de produção pelos trabalhadores, então os Estados Unidos se transformaram no país mais “socialista” de todos – embora também continue a ser o mais CAPITALISTA.
Os FUNDOS DE PENSÃO são dirigidos por uma nova ESPÉCIE DE CAPITALISTAS: empregados anônimos assalariados, os analistas de investimentos e gerentes de carteiras dos fundos de pensão.
Mas igualmente importante é o seguinte: hoje o recurso realmente controlador, o FATOR DE PRODUÇÃO absolutamente decisivo, não é o CAPITAL, a TERRA ou a MÃO-DE-OBRA. É o CONHECIMENTO.
Em vez de capitalista e proletários, as classes da sociedade pós-capitalista são os TRABALHADORES DO CONHECIMENTO e os TRABALHADORES EM SERVIÇOS.
Algumas décadas atrás, todos “sabiam” que uma sociedade pós-capitalista seria certamente MARXISTA. Hoje todos sabemos que marxista é a única coisa que a próxima sociedade não será.
Mas a maioria de nós sabe – ou ao menos sente – que os países desenvolvidos estão abandonando qualquer coisa que possa ser chamada de “CAPITALISMO”. O mercado certamente continuará a ser o integrador efetivo da atividade econômica.
Porém, em termos de SOCIEDADE, os países desenvolvidos já estão no PÓS-CAPITALISMO. Eles estão rapidamente se transformando em uma sociedade de novas “CLASSES”, com um novo recurso central em seu núcleo.
A sociedade capitalista era dominada por duas classes sociais: os CAPITALISTAS, que possuíam e controlavam os meios de produção, e os trabalhadores – os “PROLETÁRIOS” de KARL MARX, alienados, explorados, dependentes.
Os proletários formaram inicialmente a classe média “AFLUENTE”, como resultados da “REVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE” – a revolução que começou por ocasião da morte de Marx em 1883 e atingiu se clímax em todos os países desenvolvidos pouco depois da Segunda Guerra Mundial.
Por volta de 1950, o trabalhador industrial – não mais um “proletário”, mas ainda “mão-de-obra” – PARECIA DOMINAR A POLÍTICA E A SOCIEDADE EM TODOS OS PAÍSES DESENVOLVIDOS [pergunta do Aprendiz: é o que estaria ocorrendo, agora em 2006, na América Latina?]
Mas então, com o início da REVOLUÇÃO GERENCIAL, os operários da indústria manufatureira começaram a declinar rapidamente em número e, de forma ainda mais perceptível, em poder e status.
Por volta do ano 2000, em nenhum país desenvolvido os trabalhadores tradicionais, que produzem e movimentam bens, irão representar mais que um SEXTO OU UM OITAVO da força de trabalho.
Os capitalistas atingiram seu pico na virada do século (1900) e com certeza antes da Primeira Guerra Mundial. Desde então, ninguém se equiparou, em poder e visibilidade , a pessoas como Rochefeller, Ford, Siemens, Mitsubishi etc.
Quando começou a Segunda Guerra, todos eles já haviam sido substituídos por GERENTES PROFISSIONAIS – o primeiro resultado da Revolução Gerencial.
É claro que existem muitas pessoas ricas por aí. Mas elas se tornaram “celebridades”, economicamente quase não têm importância.
Mesmo nas páginas de negócios todas as atenções estão voltadas para “pessoas contratadas”, isto é, GERENTES.
E todos os comentários são a respeito dos “SALÁRIOS EXCESSIVOS” e dos bônus recebidos por essas pessoas contratadas, que pouco ou nada possuem em termos do capital das empresas.
Em vez dos CAPITALISTAS AO VELHO ESTILO, nos países desenvolvidos são os FUNDOS DE PENSÃO [Nota do Aprendiz: no Brasil PREVI etc] que controlam cada vez mais os suprimentos e a alocação do dinheiro. Nos Estados Unidos, esses fundos possuíam, em 1992, a metade do capital acionário das maiores empresas e outro tanto de pensão são, é claro, os trabalhadores do país.
Se o SOCIALISMO é definido, segundo MARX, como sendo a propriedade dos meios de produção pelos trabalhadores, então os Estados Unidos se transformaram no país mais “socialista” de todos – embora também continue a ser o mais CAPITALISTA.
Os FUNDOS DE PENSÃO são dirigidos por uma nova ESPÉCIE DE CAPITALISTAS: empregados anônimos assalariados, os analistas de investimentos e gerentes de carteiras dos fundos de pensão.
Mas igualmente importante é o seguinte: hoje o recurso realmente controlador, o FATOR DE PRODUÇÃO absolutamente decisivo, não é o CAPITAL, a TERRA ou a MÃO-DE-OBRA. É o CONHECIMENTO.
Em vez de capitalista e proletários, as classes da sociedade pós-capitalista são os TRABALHADORES DO CONHECIMENTO e os TRABALHADORES EM SERVIÇOS.
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